
Ao acompanhar os blogs de aprendizagem das alunas, pude comprovar com Rubem Alves o poder da palavra. Em "Sobre palavras e redes", um dos capítulos do livro Conversas com quem gosta de ensinar, o autor adverte o cuidado que o professor precisa ter com suas palavras. Palavras são redes, que servem para prender ou para unir, depende unicamente do modo como nós decidimos usá-las.
Ao comentar os depoimentos da alunas, senti a força das suas palavras e procurei contribuir com o processo de aprendizagem em que estamos todos envolvidos. Ao escrever minhas impressões, recebi das alunas um retorno muito positivo. Ao encontrá-las, diziam que haviam lido meu comentário, que haviam gostado, que se sentiram bem, valorizadas em sua produção.
Nossas palavras são redes que tecem relações de troca, de entendimento, são linhas condutoras de sentido, são vias de mão dupla que conduzem a novas idéias e sensações. Estas devem ser as redes que construímos com nossos alunos: colaborativas, íntegras e ricas em possibilidades.
Um comentário:
Cris:
A tua postagem revela a sensibilidade com que estabeleces o diálogo com as alunas que acompanhas na tua função de tutora. Com relação ao poder das palavras, tivemos o exemplo do jurado, no filme “Doze homens e uma sentença”, que conseguiu reverter uma sentença, graças às mesmas, empregadas de maneira adequada e no momento oportuno. Há uma música, a sua autoria desconheço, cuja primeira estrofe é:
“Palavra não foi feita
Para dividir ninguém
Palavra é a ponte
Onde o amor vai e vem.”
Que continues disposta a cada vez mais tornar sólidas as estruturas da ponte, facilitando o trânsito do conhecimento, da sabedoria, do amor.
Abraço. Celi
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