quarta-feira, 23 de abril de 2008

O pensamento epistemológico



Anotações extraídas da obra de Hilton Japiassu - Introdução ao pensamento epistemológico:




- Cada enfoque epistemológico elucida a atividade científica a seu modo, cada um tem uma concepção particular do que seja ciência – são tentativas, não modelos.
- É o conjunto de elementos e instrumentos de reflexão epistemológica sobre processos de gênese, desenvolvimento, estruturação e articulação de conhecimentos científicos.
- Conceitos:
- Saber: conjunto de conhecimentos metodicamente adquiridos, mais ou menos sistematicamente organizados.
- Ciência: conjunto de aquisições intelectuais.
- Epistemologia: estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento e de seus produtos intelectuais. Epistemologia – logos (discurso), episteme (sobre a ciência). Disciplina especial da filosofia.
- Autores:
- Piaget: epistemologia genética. Como o conhecimento é possível?(Kant) – Segundo Piaget, o conhecimento é elaborado a partir de uma concepção construtivista da aquisição dos conhecimentos: sem pré-formação, nem exógena (empirismo), enm endógena (ineidade), mas por contínuos ultrapassamentos das elaborações sucessivas. A psicologia genética estuda o desenvolvimento das funções mentais
- Bachelar: espírito científico.
- Foucalt: arqueologia das ciências humanas.
- Sobre Piaget:
- Como o conhecimento é possível?(Kant) – Segundo Piaget, o conhecimento é elaborado a partir de uma concepção construtivista da aquisição dos conhecimentos: sem pré-formação, nem exógena (empirismo), nem endógena (ineidade), mas por contínuos ultrapassamentos das elaborações sucessivas. A psicologia genética estuda o desenvolvimento das funções mentais.
- Epistemologia genética é a extensão a todo campo das ciências humanas, da metodologia que possibilitou Piaget a realização de excelentes trabalhos (formação do número, desenvolvimento da inteligência, aquisição da linguagem, formação do juízo moral...). É o estudo da constituição dos conhecimentos válidos – só há ciência quando há: elaboração de fatos, formalização lógico-matemática, controle experimental.
- Permite a descoberta de um estatuto científico para a as principais estruturas operatórias das ciências humanas. Tem por objetivo estudar os conhecimentos em função de sua construção real, bem como considerar todo o conhecimento como relativo a um certo nível do mecanismo desta construção. É o estudo da gênese das operações do pensamento e da sua estabilização lógica.
- A ação precede o pensamento – o pensamento consiste numa composição mais rica e coerente das operações que prolongam as ações, interiorizando-as.
- Sobre o papel da epistemologia: desmascarar a ilusão dos que pretendem conferir à ciência uma importância global que suprime a filosofia, uma vez que ela quer ser sua própria filosofia, sob as denominações de Metaciências, de lógica das ciências ou de epistemologia científica. Mas ela tem uma função complementar: relativizar a filosofia de uma ciência, porque esta deve ser questionada, não em sua validade ou em sua eficácia, mas em sua inteligibilidade.

Referência:
- JAPIASSU, Hilton. Introdução ao pensamento epistemológico. Ed. Francisco Alves. 7ª Ed. Rio de Janeiro, 1992.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mapas conceituais

A partir do mapa conceitual apresentado sobre os saberes do tutor, composto por muitos conceitos e sem proposições muito definidas e claras, um novo mapa foi constuído, a partir de uma síntese e do enxugamento de conceitos.

* Para facilitar a visualização, um link que relaciona os conceitos tutor e alunos foi inserido.

Ao clicar no link, o mapa que especifica a relação tutor/aluno é aberto.



Estes mapas foram reconstruídos a partir da releitura do mapa e do texto "A importância da ação tutorial na Educação a Distância: Discussão das competências necessárias ao tutor"

Sobre a subjetividade docente

Sobre a leitura de Saberes docentes e formação profissional, Maurice Tardif, capítulo 6:

O professor não pode ser mero objeto de pesquisa, ele é um sujeito competente, que detém saberes específicos ao seu trabalho. Esta afirmação deixa bem claro o objetivo de Tardif ao analisar o papel do "professor de profissão" numa proposta de aproximação entre pesquisa e prática escolar.
Os autores historicamente apresentam os professores como "bonecos de ventríloco", quer dizer, alguém que é dominado por forças externas, como as forças sociais ou de peritos pesquisadores.
É interessante que alguém tenha que afirmar e provar que os professores possuem saberes... Esta é mais uma prova do que Tardif de certa forma tenta criticar. Só é saber constituído o que é postulado, comprovado, defendido e apresentado perante banca competente?
Entretanto, os "professores de profissão" estão cada vez mais sendo reconhecidos e seus saberes respeitados, talvez pela democratização dos debates e do movimento de descentralização do saber em um único repositório, mas sim, constituído por diferentes vozes e espaços cada vez mais públicos e participativos.
Tardif ainda critica conhecimentos construídos a partir de bases ilusórias, como o pesquisador que cria teorias sem práticas que as comprovem. Aponta também a relação de poder imposta por este tipo de prática e que se auto-sustenta na Universidade - "práticas de seleção e financiamento de pesquisas, de difusão de produtos teóricos, práticas de argumentação de defesa e de consolidação de territórios disciplinares e de prestígios simbólicos"...
Uma integração entre teóricos e professores de profissão é decisiva para ressignificar as práticas relacionadas à formação de professores. A produção intelectual não deve priorizar o benefício dos próprios pesquisadores, ela deve estar pautada para a qualificação do ensino e a representar o avanço qualitativo da ação dos educadores em sala de aula.
A imposição de um tipo específico de discurso, altamente técnico e burocrático, serve para manter esta relação de poder criticada por Tardif. É preciso valorizar as diversas vozes que discutem a educação, os diferentes atores, que com suas diferentes competências, têm muito a contribuir para a construção de novos meios para aprender.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mapa conceitual - projetos de aprendizagem

"Aprendizes do futuro: as inovações começaram!" - Léa Fagundes