domingo, 28 de outubro de 2007

XIX Salão de Iniciação Científica



Formação de Professores

Os recursos mais utilizados nas apresentações foram as entrevistas, os mapas conceituais e o estudo de caso, demonstrando eficiência na coleta e comprovação de dados.
O recorte de algumas questões pode auxiliar numa breve análise das apresentações: "Há diferença da prática idealizada e a realizada". "O contexto é impermeável à praticas inovadoras". "Verificou-se a falta real de recursos nas escolas, espaço de formação mal aproveitados, excessiva carga horária do professor, participação restrita da família e dados oficiais com baixo índice de aprendizagem"."(...)ciência é uma construção humana, a partir do contexto histórico e da cultura, constitui uma visão da ciência relativa, complexa e historicamente construída. Por isso o docente precisa ser problematizador e questionador"."O professor criou estratégias didático-pedagógicas, propostas, como estórias e macetes".
Basicamente foi possível perceber que os trabalhos desta sessão apresentaram uma preocupação com a realidade das escolas e dos professores e pontos importantes foram destacados como a relação entre e prática ideal e a real, bem como a discussão e as propostas dos cursos de licenciatura em relação à formação acadêmica deste aluno/professor para a transformação de sua prática.
Os alunos foram às escolas, entrevistaram os mestres e até reconstituíram épocas distintas para entender como o professor criativo buscava soluções para problemas que até hoje a escola enfrenta. As licenciaturas trabalham então, não apenas com o professor ideal, ou o perfil profissional desejável, mas procuram conhecer a realidade das escolas e entender as limitações e os desafios que os alunos/professores precisam enfrentar.
O destaque ficou para o trabalho do aluno Jonas Orben, orientado pelo professor Ademir Damázio, da UNESC. Em sua pesquisa, Jonas apresentou os autores que nortearam de seu trabalho, desenvolveu uma proposição consistente e ao buscar as respostas, aceitou o desafio de estar aberto para as respostas que encontraria. A partir de seus achados, foi capaz de analisar as informações e contextualizá-las sem julgamento de valores ou conclusões precipitadas ou superficiais. Nos capítulos O imaginário da prática pedagógica e Ações práticas ilustrativas das aulas, reconstitui a prática de cinqüenta anos do ensino da Matemática, entrevistando tanto professores leigos quando titulados. Através do referencial teórico, citado e justificado, procurou entender e explicar, e não julgar, os professores, destacando as práticas bem sucedidas.

Obs. Em função de meus horário disponíveis, pois nesta semana a rede municipal de São Leopoldo promove a Semana Municipal da Educação, assisti a esta sessão sobre formação de professores e não mídias na educação ou EAD conforme o solicitado.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Webfólio e avaliação




Webfólio: uma proposta para avaliação na aprendizagem – Conceitos, estudos de casos e suporte computacional (texto de Nevado; R. Basso, M; Menezes, C.)
O webfólio e outros ambientes virtuais são usados como ferramentas de organização e recuperação de informações sobre o processo de avaliação. Entretanto, não basta utilizar recursos inovadores para qualificar o processo avaliativo: A proposta deverá ser igualmente transformadora.
Sob o novo enfoque da aprendizagem como processo contínuo e de produção do novo (pelo menos para o sujeito), constitui-se então o sujeito ativo e reflexivo como fonte da aprendizagem. Reflexão, metacognição e tomada de consciência, estes são conceitos importantes para um novo paradigma de avaliação.
A partir disto o “webfólio deve oferecer evidências ou testemunhos da aprendizagem na sua dimensão processual”. O professor assume o papel de observador implicado, problematizador, buscando autonomia intelectual e moral dos sujeitos e a cooperação entre o grupo.
Conforme o artigo, o webfólio possibilita o registro de planejamento, as análises sobre a eficácia e os desencontros na execução dos planejamentos e suas reflexões.
Para esclarecer: O webfólio utilizado desta maneira é basicamente suporte para a metacognição? Além disto, o conceito Webfólio “na” avaliação não apresenta uma clara sustentação... Ou ele faz parte do processo – e, portanto, é aprendizagem, ou é registro – portanto, suporte para a avaliação. Esta duplicidade de funções é contraditória, e útil, pois permite uma solução fácil, ainda que ambígua. A reflexão, a metacognição, a tomada de consciência, a análise, a cooperação, são habilidades desenvolvidas a partir de propostas de aprendizagens. De que forma podem ser vistas como avaliação?
A partir desta leitura, é importante desenvolver melhor alguns conceitos:
De que forma conceituo construção dialética, aprender e avaliar, instrumentos cognitivos, avaliação “na” aprendizagem?
De que forma um novo enfoque de aprendizagem exige uma forma transformadora de avaliação?
De que forma a telemática contribui para enriquecer a avaliação na aprendizagem?

*O novo enfoque da aprendizagem – construção dialética
*Reflexão, metacognição e tomada de consciência
*Avaliação “na” aprendizagem
continua

terça-feira, 9 de outubro de 2007


Sobre o texto argumentativo:

-É interessante que o autor conheça as possibilidades da língua para poder explorar ao máximo os recursos e estratégias para o convencimento do leitor.

-O autor toma decisões, cria ou escolhe as estratégias, organiza as relações...
-Ao produzir um texto argumentativo, seu autor deve ter em mente que, enquanto uma oração se constrói a partir de regras, o texto parte de estratégias (Macroproposição).

-Um texto argumentativo então apresenta dois níveis básicos de informação: Núcleo, que apresenta a informação principal, a mais importante, e Satélite, informação secundária que auxilia na compreensão e aceitação da principal, tornando-a mais acessível.

-Cada informação possui um papel e uma intenção, conferindo uma razão de existência a cada elemento. A estrutura relacional estabelecida a partir das informações expressa a organização da coerência contígua do texto e permite descrever a construção da composição textual interna.
(Estes conceitos básicos foram retirados do texto O artigo de opinião e sua configuração estratégica, de Maria Eduarda Giering).
O estudo da gramática textual é um recurso importante para o entendimento do texto em seus vários aspectos e reforça a idéia de que um autor, ao dominar as técnicas e estratégias para uma composição eficiente, terá mais facilidade em cumprir suas intenções comunicacionais.
Quando um aluno não consegue expor suas idéias e conclusões através de uma produção textual, neste caso específico, um texto argumentativo, se torna importante entender que talvez a falta não seja de idéias, mas de habilidades para dominar as informações e criar estratégias para convencer o leitor de que suas conclusões são lógicas e evidentes.
Observando a dificuldade que alguns alunos apresentam em expor suas descobertas, apontando evidências e estabelecendo relações, percebe-se a dificuldade de produção de um texto coerente e surge, então, a dúvida sobre a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre diferentes tipos de textos, sua gramática interna, seus diversos níveis de complexidade e principalmente, a intenção clara de seus propósitos. Ao dominar o texto, o aluno se apropria da ferramenta que permite uma comunicação plena e eficiente.


terça-feira, 2 de outubro de 2007

Síntese - Evidência e Circunstância

A evidência é o elemento que revela informações, situações, circunstâncias. Através da argumentação, isto é, uma organização lógica e intencionalmente estruturada de raciocínios, e de uma estratégia instituída, os fatos são apresentados e o interlocutor pode concluir sobre a verdade declarada.
Através da linguagem é possível reconstruir uma verdade aproximada dos fatos. A retórica utiliza, então, esse recurso eficiente que é a utilização de evidências e de toda a argumentação constituída em seu entorno para construir significados e convencer o interlocutor. Vários aspectos podem interferir na análise de evidências como o preconceito, incapacidade de interpretar e observar detalhes, premissas falsas, informações parciais ou falsas, entre outras.
Confirmar, refutar, rebater, duvidar, contrastar, comparar, contrapor, são possibilidades para a estruturação de estratégias de construção de argumentos que representam de forma fiel a realidade.
Objeto da discussão: “12 homens e uma sentença”
Construção colaborativa: Fórum da interdisciplina – Grupo 5