terça-feira, 21 de outubro de 2008

Projetos de Aprendizagem - A importância da pergunta


É interessante observar as perguntas que as crianças fazem. Elas simplesmente se permitem não saber... Para uma criança, buscar a explicação para algo que chamou sua atenção é natural. A criança é curiosa e quer entender o que acontece ao seu redor.
Manipular, explorar, interagir, interpretar, levantar hipóteses, buscar explicação e reconstituir o mundo que as rodeia, todas estas são ações que permitem às crianças estabelecer comparações a partir de seus sistemas de referência e de suas experiências e, através de suas ações sobre o meio, construir seu sistema de conceitos e seus sistema de representações sobre o mundo.
Durante o processo de interação, ocorrem dois movimentos básicos de trocas: o movimento centrípeto – assimilação ou incorporação direta de elementos externos nos seus sistemas de referência – e o movimento centrífugo – quando o sistema é perturbado, desequilibrado pelo meio e mobilizado a realizar uma acomodação.
As perguntas e a natureza das questões determinam a atividade mental em certa direção, por isso, os professores precisam criar ambientes abertos à exploração e interações. O aluno precisa estar livre para construir, reinventar, receber e responder desafios, enfim, para manifestar seu mundo interior. O professor precisa promover processos desencadeadores de relações contextuais – relações múltiplas, amplas e integradas, alimentando assim os interesses e curiosidades dos alunos, bem como suas escolhas e o tempo necessário para suas experimentações. Este ambiente precisa ser acolhedor, permitir idéias e, principalmente, aceitar os erros.
Qual é a questão? Beatriz C. Magdalena e Iris E. T. Costa

As perguntas – metafísicas, lógicas, éticas.
É preciso compreender que a criança necessita de totalidade e globalidade, por isso busca respostas completas.
Lógica e consistência são relações que precisam estar presentes a fim de desenvolver uma consciência do “raciocínio válido”.
É valiosa a descoberta da satisfação de descobrir respostas por si mesmas.
Professores que questionam têm alunos igualmente questionadores.
É preciso cultivar o pensamento e o questionamento, substituindo o modelo da pessoa que sabe tudo por uma pessoa que é “intelectualmente aberta, curiosa, autocrítica e disposta a admitir a ignorância ou indecisão”.
O professor não pode ser um provedor de fatos! Ele não deve ter receio de desafiar pressuposições!
LIPMAN, Mattwew. A filosofia na sala de aula.

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