
Formação de Professores
Os recursos mais utilizados nas apresentações foram as entrevistas, os mapas conceituais e o estudo de caso, demonstrando eficiência na coleta e comprovação de dados.
O recorte de algumas questões pode auxiliar numa breve análise das apresentações: "Há diferença da prática idealizada e a realizada". "O contexto é impermeável à praticas inovadoras". "Verificou-se a falta real de recursos nas escolas, espaço de formação mal aproveitados, excessiva carga horária do professor, participação restrita da família e dados oficiais com baixo índice de aprendizagem"."(...)ciência é uma construção humana, a partir do contexto histórico e da cultura, constitui uma visão da ciência relativa, complexa e historicamente construída. Por isso o docente precisa ser problematizador e questionador"."O professor criou estratégias didático-pedagógicas, propostas, como estórias e macetes".
Basicamente foi possível perceber que os trabalhos desta sessão apresentaram uma preocupação com a realidade das escolas e dos professores e pontos importantes foram destacados como a relação entre e prática ideal e a real, bem como a discussão e as propostas dos cursos de licenciatura em relação à formação acadêmica deste aluno/professor para a transformação de sua prática.
Os alunos foram às escolas, entrevistaram os mestres e até reconstituíram épocas distintas para entender como o professor criativo buscava soluções para problemas que até hoje a escola enfrenta. As licenciaturas trabalham então, não apenas com o professor ideal, ou o perfil profissional desejável, mas procuram conhecer a realidade das escolas e entender as limitações e os desafios que os alunos/professores precisam enfrentar.
O destaque ficou para o trabalho do aluno Jonas Orben, orientado pelo professor Ademir Damázio, da UNESC. Em sua pesquisa, Jonas apresentou os autores que nortearam de seu trabalho, desenvolveu uma proposição consistente e ao buscar as respostas, aceitou o desafio de estar aberto para as respostas que encontraria. A partir de seus achados, foi capaz de analisar as informações e contextualizá-las sem julgamento de valores ou conclusões precipitadas ou superficiais. Nos capítulos O imaginário da prática pedagógica e Ações práticas ilustrativas das aulas, reconstitui a prática de cinqüenta anos do ensino da Matemática, entrevistando tanto professores leigos quando titulados. Através do referencial teórico, citado e justificado, procurou entender e explicar, e não julgar, os professores, destacando as práticas bem sucedidas.